Três nomes que dispensam apresentações no universo artístico brasileiro – Paulo Autran, Lucy e Luiz Carlos Barreto – foram homenageados na noite de segunda-feira, 21 de agosto, pelo 45º Festival de Cinema de Gramado.
Paulo Autran em cena, o casal Barreto nos bastidores, os três contribuíram como poucos para o desenvolvimento do cinema nacional. Também estabeleceram um vínculo único com o Rio Grande do Sul e o Festival de Cinema de Gramado.
“Ele acharia maravilhoso receber uma homenagem vinda do estado onde ele mais representou papeis naquele maravilhoso Theatro São Pedro”, agradeceu a viúva de Autran, Karin Rodrigues.
Já o casal Lucy e Luiz Carlos Barreto recordaram o primeiro festival da história, em 1973, que teve entre seus selecionados o longa-metragem “Estrela Sobe”, produzido pela dupla. “Eu tinha 44 anos. Hoje o festival me ultrapassou, porque faz 45 e eu continuo com os 44. É que quem faz cinema neste país precisa seguir sendo um jovem combatente para enfrentar a luta com obstinação”, ponderou.
Lucy recordou ainda as rodagens do longa-metragem “O Quatrilho”, feito inteiramente no interior Rio Grande do Sul para reproduzir o cotidiano dos imigrantes italianos que chegaram ao estado no século XIX: “Foi um filme muito difícil, mas que me surpreendeu pelo ambiente esclarecido que encontrei aqui”;
A seqüência de homenagens destinadas a marcar a data histórica do Festival de Cinema de Gramado continua na noite desta terça (22), com a distinção que será oferecida a Alice Gonzaga. Filha de Adhemar Gonzaga, criador da primeira produtora de cinema do Brasil, a Cinédia, ela se dedica a preservar essa memória, preocupação retratada pela diretora Betse de Paula no longa “Desarquivando Alice Gonzaga”, que será exibido no Palácio dos Festivais a partir das 14h.