A última quinta-feira (18) foi de dupla homenagem no Palácio dos Festivais. Subiram ao palco Ítala Nandi, grande dama do cinema gaúcho, e Paulina García, musa do teatro, televisão e cinema chilenos. Ítala foi reconhecida com o Troféu Leonardo Machado, enquanto Paulina recebeu o Kikito de Cristal.
“Esse Festival faz parte da minha história. Estava aqui quando esse projeto, que era só um sonho, passou a virar realidade”, comentou Nandi, que completou 80 anos, no palco do Palácio dos Festivais. Sobre receber a honraria que carrega o nome do ator Leonardo Machado, Ítala relembrou os anos em que Machado apresentou o Festival de Gramado, bem como seus talentos nas artes: “receber esse troféu, que carrega o nome do Léo Machado; que ator, que talento”.
“Precisamos da cultura. Precisamos da não violência. Precisamos da paz, das ações corretas e do amor”, finalizou Ítala.
García, que subiu ao palco logo depois, utilizou do palco para discursar a favor da nova constituição chilena: “Precisamos nos libertar das amarras de Pinochet”. Antes, durante a tarde, Paulina participou de coletiva de imprensa na fábrica da Cristais de Gramado. Na oportunidade, a atriz realizou a tradicional cerimônia de confecção do Kikito de Cristal, prensando a cabeça do troféu que será entregue ao homenageado da próxima edição.
Para García, a cadeia do audiovisual chileno é muito engajada, apaixonada pelo que faz, mas carece de incentivos e políticas públicas voltadas para a classe. Questionada sobre cinema brasileiro, a atriz revela que o primeiro nome que vem à sua cabeça é o da também atriz Sônia Braga, e que não consome muito o cinema feito no Brasil. Contudo, afirma que o streaming está mudando esse cenário, conseguindo levar produções feitas na América Latina para países vizinhos e para todos os cantos do mundo.