Existem trajetórias que se cruzam por décadas. Exemplo disso é a história de Arnaldo Jabor com Gramado.
Essa relação começou há cinco décadas, ainda na primeira edição do Festival de Cinema de Gramado, em 1973, quando Jabor exibiu o longa “Toda a Nudez Será Castigada”, até hoje um dos filmes mais premiados da história do Festival.
Em 1976, foi novamente premiado com “O Casamento”, filme que conquistou dois Kikitos. Com “Eu Te Amo”, foram mais três troféus em Gramado, em 1981.
Na 40º edição do Festival de Cinema de Gramado, em 2012, retornou como homenageado, recebendo o Troféu Eduardo Abelin, homenagem concedia a grandes diretores, cineastas e entidades, por sua contribuição ao cinema brasileiro.
O cineasta possui ainda reconhecimentos em importantes festivais brasileiros, como o de Brasília, e internacionais, como Berlim. Jabor dirigiu “Eu sei que vou te amar”, indicado à Palma de Ouro de melhor filme do Festival de Cannes. Desde 1991 exercia o papel de colunista.
Foi em Gramado que fiquei sabendo que o filme havia sido selecionado para Cannes. O (diretor do festival) Gilles Jacob telefonou para me dar a notícia e lembro que passaram a ligação para uma cabine telefônica. Só tenho boas recordações de Gramado, disse Jabor em entrevista ao Jornal Zero Hora, à época.
O cineasta, cronista e jornalista Arnaldo Jabor, de 81 anos, morreu na madrugada desta terça (15) em São Paulo. Ele estava internado desde dezembro do ano passado no Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade.
Ficam seu legado, sua obra e sua contribuição para o nosso cinema.